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RAIO-X: GUERRA CAMBIAL | 1a parte - 16/11/2010
O texto traça um cenário histórico das diversas ocasiões em que os americanos precisaram desvalorizar sua moeda.
O sistema monetário internacional passou por diversas etapas:

- Acordo de Breton Woods (logo depois da 2a guerra), que estabeleceu o dólar como moeda de referência, conversível a uma paridade fixa com o ouro, atrelando todas as moedas do mundo ao dólar. Com isso, praticamente passou a existir um regime de "câmbio fixo" no mundo. Esse regime termina em 1971, depois que os EUA aumentaram muito a base monetária, inflacionaram o dólar e precisaram fazer uma desvalorização (governo Nixon). A partir daí foi adotado um regime de câmbio flutuante com liberdade de movimentação de capital. Esse regime permitiu uma nova reacomodação da economia mundial

- Acordo de Plaza (fechado em setembro de 1985 no Hotel Plaza - NY), novamente os americanos precisaram fazer uma desvalorização. Na época a principal referência era o Japão (como hoje é a China) e foi feito um acordo entre os representantes do G-5 (Estados Unidos, Alemanha, Japão, França e Reino Unido). A moeda norte-americana havia atingido um valor recorde frente a muitas moedas fortes, causando grande déficit comercial para os EUA. O objetivo do pacto era coordenar a política econômica dos países mais industrializados e atacar as forças protecionistas, mas, sobretudo reduzir o valor do dólar, ou seja, um esquema de desvalorização coordenada do dólar para permitir uma reacomodação da economia mundial.

- Criação do G-20 (ocorreu em meio à crise financeira de 2008, com a quebra do Lehman Brothers), teve uma participação muito importante na coordenação dos pacotes de estímulo fiscal e redefinição do Fundo Monetário Internacional, dando mais peso aos países emergentes (os europeus cederam duas cadeiras na diretoria do Fundo aos países emergentes).

- Dias atuais, novo ponto de inflexão. Novamente terá que ocorrer um rebalanceamento da economia mundial: EUA vai ter que poupar mais e se endividar menos - ajustando seu balanço de pagamentos; e a China, que se tornou um grande superavitário em conta corrente, vai ter que consumir mais e exportar menos poupança para o mundo.

Muito possivelmente o dólar vai deixar de ser uma moeda de referência, utilizada de maneira tão confiável nas transações internacionais e como reserva pelos diversos países, de um modo geral.
Claudia
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